quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Tudo o que sei é que nada sei

Parece que o Philinus está mesmo interessado em desvendar os oráculos do seu livro de filosofia. Na HQ desta semana, vemos que ele continua firme na sua leitura.


Mas, olha só a citação que ele foi encontrar: “Todo o meu saber consiste em saber que nada sei”. Tudo o que se sabe é que nada se sabe? Como assim? Por que Sócrates teria dito algo aparentemente tão contraditório?

Afinal de contas, quem foi Sócrates?


Sócrates foi um sábio grego antigo que viveu entre aproximadamente 469 a.C e 399 a.C. Vivia como os demais gregos do seu tempo: serviu como soldado e constituiu família. Mas no final de sua vida, dedicou-se ao autoconhecimento. E o que descobriu Sócrates em sua busca? Descobriu que os chamados “sábios” de sua época eram, na verdade, pessoas cheias de pré-julgamentos, que não admitiam diálogo e que acreditavam no conhecimento já existente, sem questioná-lo.



Sócrates não queria ser um sábio assim. Andando pelas ruas de Atenas, dialogando com as pessoas e observando o mundo à sua volta, viu que podia aprender muito mais com o olhar de um jovem ainda livre de preconceitos e com as coisas simples da natureza. Viu também que quando olhava para as pessoas de igual para igual, sem se sentir melhor que elas, podia aprender muito mais, já que elas eram tão diferentes e interessantes.



Daí ele ter dito então: “Tudo o que sei é que nada sei.” Ou seja, ninguém é sábio o bastante que não possa aprender com os demais. E por mais que a gente entenda das coisas ou das pessoas, sempre podemos aprender algo a mais.


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